domingo, 2 de novembro de 2008

Manuel Bandeira - Libertinagem


              De um lirismo fora do comum, Manuel Bandeira é um dos escritores mais bem lembrado e estudado do país, já que suas obras apesar de serem diretas e simples, trazem temáticas universais que merecem ser decifradas e relidas a cada minuto. Sua obra poética é basicamente dividida em três partes: a parnasiana, a modernista e por fim a pos-moderna. Sendo a segunda (do modernismo) que mais nos interessa, pois foi ai em que o autor publicou o seu livro libertinagem, um dos simbolos nato do modernismo brasileiro. 
              Em libertinagem, com um tom escatologico porem romantico Manuel Bandeira retrata o nosso cotidiano de uma forma até então não muito comun, isto eh, simploria e direta, que so fora mostrada no realismo/naturalismo ( a unica diferenca eh que nessas escolas literarias so era demonstrada a vida palpavel, no entanto manuel bandeira ia alem, tornando nao so os objetos mas tambem os seus sentimentos visiveis). Tudo que passou e que ele poderia ter feito e nao fez se torna uma tragedia nessa obra, era o fim, pois como Bandeira tinha problemas pulmonares ( mostrado em sua poesia PNEUMOTÓRAX) ele queria extrair o maximo possivel de tudo, pois sabia que a qualquer hora, poderia chegar a sua. E esta eh uma das sombras do parnasianismo em sua escrita.
               Quanto à linguagem do livro, somente uma palavra: Liberdade. Liberdade de expressao, liberdade com os versos e rimas, com caracteristicas fortes das vanguardas como o concretismo cubista, o tom desesperado do dadaismo, e para um grand finale um pouco de loucura do surrealismo. O titulo do livro faz uma alusao a liberdade que os poetas necessitavam apos seculos de incasaveis metricas e rimas contadas, e define bem o espirito modernista, como um animal que precisa se libertar de uma jaula, para voltar ao seu instito natural, a sua natureza selvagem, e foi isso que esses autores fizeram, transformando de uma forma extraordinária o mínimo em Maximo.

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